quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Praia. Paz. Lembrança. (crônica)

Está decidido: Não vou jogar o anel.
Olho para os lados, todos eles. Paz. Praia. Por do Sol.
Não era esse o cenário perfeito para nosso conto de fadas?
Poxa, olhando o horizonte percebo que hoje tenho respostas que a dois meses atrás eu não tinha. Pena que elas já não me servem mais. Ah, a dois meses atrás eu tinha tanta coisa... Eu tinha o abraço mais aconchegante do mundo. Tinha alguém que compartilhasse comigo os dias bons e ruins. Tinha o beijo quente das noites frias, e o beijo mais quente ainda das noites quentes. Tinha alguém peguntando se eu estava bem, e essa era mesma pessoa que me fazia bem. Tinha alguém preenchendo meus sonhos e meus diários. Alguém que me trazia paz. Alguém por quem morrer de ciúme não era tosco, alguém tão meu, tão eu. Não que eu quissesse prende-lo em correntes, mas de fato, não me importaria nem um pouco. Talvez, tivesse sido bem menos doloroso quebrar correntes que promessas não é mesmo?
O anel, claro. A lembrança.
Um anel... Tão perfeito, tão brilhante, tão sem começo e tão sem fim.
Uma lembrança... Tão perfeita, tão brilhante, com começo e fim.
Tão diferentes, tão encaixaveis.
Dizem que tudo que compramos deve vim com manual de instrução não é mesmo? Poxa! Como eu queria saber o que fazer com isso. Aliás, talvez não. Imagine uma vida com manual de instrução? Aí que chato. Aí que previsível. É... Realmente eu não preciso de manuais. Mas eu preciso das lembranças. São recordações de felicidade ou de tristeza, e é disso que somos feitos. Nós não nascemos com manual e tão pouco escrito nas estrelas; Nós mesmos construimos nossa história! Através das lembranças. Elas são como as palavras em nossa folha de papel. Para que no final possamos ler e aplaudir em pé nosso conto de fadas. Todo mundo tem história para contar e lembraças para lembrar! O que seriamos de nós sem elas? Nada. Tão somente NADA. É isso que eu seria sem meu anel. É isso que eu seria sem o presente que você me deu.

garotaemcolorido.

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